para a poesia de Devair Fiorotti
Um poeta vê a morte como casa
nada dentro
Sem porta e sem janela
Absolutamente nada.
Talvez seja a morte a própria casa
E dentro dela, o nada que é tudo,
Casulo, última morada
dos rebentos numa casa sem janela
sem porta, sem teto
só dentro, dentro nada.
sem porta, sem teto
só dentro, dentro nada.
Só mesmo a poesia para beijar a morte
e fugir de sua língua enregelada
de suas mãos, tesouras cegas,
da carícia fatal que traz o nada
e que é o fim de tudo.
e que é o fim de tudo.
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