Ei-lo, com seu livrilho,
desfila
a face orgulhosa pelo Face
sorrindo
para a lente digital de um celular:
Pose
ensaiada na falsa cara séria de escritor que lambe a cria
e carrega
nos olhos a esperança de prêmios e da conquista
do
amor das mulheres ou dos homens
-
como dizia Sigmund entre baforadas.
Será
sempre assim
num
país onde não se lê:
Suas
obras expostas no Instagram, no Whatsapp,
regurgitam,
em pigmento e gramatura, a sua fé
a mais
rasteira, a mais chã, a mais profunda crença dessas criaturas de Carbono e
amoníaco:
a aposta
na sobrevida, apesar das garras do espetáculo
cravadas
em seu pomo de Adão, sufocando o grito e o gozo demoníaco
da
sombra que assombra a vaidade.
Este
é um mundinho besta, né, Carlos?
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