A coisa
vista será nova
medirei com régua,
compasso ou coração?
compasso ou coração?
Observarei
a coisa com óculos? lupa?
micro ou
telescópio?
Talvez feche
os olhos para enxergá-la melhor
e assim
será nova a coisa, sempre.
Darei então
um nome à coisa
tomarei
posse dela
e a
depositarei no mundo já nomeado
retirando
dela a graça e o mistério.
Depois
entrarei na coisa,
que já não
será “a coisa”,
e darei ao
mundo fora dela um novo nome.
Essa
brincadeira de criança
tem se
repetido desde Homero.
Quem é o
ser, se houve algum,
que se
apossou de Tróia e de Helena?
Que nome
darei à Ulisses
daqui da
outrora-coisa minha?
Que mundo
meu me aguarda
a mim, sua
coisa ainda desconhecida?
São
milhares as vias entre os cosmos
e eu apenas
quero um nome
um nome
apenas para caminho.
Sempre bela...
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