Sobre um poema da Adriane Garcia
Aos meus amigos poetas
Não se atreva a
salvar um poeta
é no afogamento
que eles respiram
vivem no mergulho
mais profundo
onde a poesia
encandeia
seus olhos frios
de peixes acostumados
às fossas.
Não toque neles
retirá-los, à
força, da água,
por melhor que
sejam seus motivos,
é determinar a sua
morte
e o fim da poesia.
Um poeta em
conforto
é criatura inerme
porco-espinho nu
serpente sem
presas
tigre sem garras.
Deixai, portanto
que eles se afoguem
a cada braçada em
direção ao abismo
num lugar que
nunca apreenderemos
e tragam a luz de
seus versos para nossa escuridão.
Só os poetas
percebem
a lenta agonia
que sofremos
sem nos darmos
conta
que morremos
como peixes sobre a
terra
Nossa! Hoje mesmo fiz um poema sobre a criação de um peixe, metaforicamente falando... Eu sigo a Adriane Garcia no Facebook... Gostei do poema também.
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