sexta-feira, 4 de julho de 2014

A mãe gentil












O meu país navega em minhas veias
onde não há sinal de calmaria
no meu sangue esse país deságua
e no meu coração, por fim, naufraga

O meu país caminha em minhas veias
com suas vestes, rotas, maltrapilhas
esfomeado, no meu corpo, clama
e dos meus olhos salta e se derrama

Esse país que é tão meu, que é minhalma
que se confunde à dor desse meu peito
esse gigante, niño sonolento

me faz vestir o manto brasileiro
tecido em sangue, do melhor que havia,

en el tercer mundo, tropical sangria. 



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