Sofra
o coração , embora !
Sofra!
Mas viva !
Mas bata
De viver , de viver !
Ah, Correia , meus pombos que não voltam
e por não
voltarem eu que
me acabo
e
vou-me entre brumas
de cigarros que
não fumo
e com notáveis fumos de defuntos
que evaporam
Ah, Correia , meu poeta dos pombais desertos
eu com meus oníricos desenhos
tediosos
suspirando
o tédio úmido
dessa chuva que
não cessa
e que por não cessar vai me afogando
Ah, Correia , se soubesses o quanto
dói não ter
mais pombas
e assim , sem asa ou vôo , seguir telúrico
chafurdando
o que era
sonho em
lama e limo e lodo
apoiado
no pombal vazio
desses anos
agora,
mais que
nunca , só
pombal , só
pombal
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