sábado, 3 de maio de 2014

Duas cantigas de amor





1.

Amado meu, te sigo triste
Em riste a espada que me fere
Parte do olhar que me confere
a natura espécie que conquiste
a dor mais funda, mais terrível,
que teu desprezo me concede

Amado meu, o que ofereces
É parco, é pobre, é desprezível.



2.

Minha dona diz que não me ama
E por não me amar renega a posse
Deste coração que tanto clama
Por ela, minha luz e minha chama,
que não sendo dona é como fosse

Que venha seu mais puro desdenhar
Na minha dor mais funda se instalar.




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