São velozes os passos que espetam a terra
Afundam-se superficialmente
Desconexos
Sou eu quem tateia a pele telúrica e fria
Que cobre meus amores mortos
São meus os pés com pontas
Que a marcam, que a ferem
Que a acariciam.
Quem bate à porta a essa hora da noite?
Quem atrás da cortina nesse dia de chuva?
Quem sob a cama nessa madrugada seca?
Talvez um espelho de cristal insista
Atrás da porta... sob a cama e
desvelados pela cortina de seda rósea
o gato, o coelho e Alice
mastiguem minha almazinha medrosa
e cuspam-na na tessitura das cores escuras
Amém!
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