É
tarde, meu amor, eu vou pra longe
Me arde
a pele inteira e não há febre
Meu coração
tornou-se o lar de um monge
É a
minha adoração que o protege
Meu
corpo é o instrumento que ele tange
E faz
vibrar com suas mãos macias
Que encantam deuses, homens e falanges
compondo
em mim perfeitas sinfonias.
Estamos
pelas ruas de mãos dadas
Mas ninguém
vê as nossas mãos coladas
As nossas
almas juntas, corpos longe
É
como se eu sonhasse acordado
O nosso
amor profano é tão sagrado
Eu sou
teu claustro, amor, e tu meu monge
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