Sempre
sob a
concreta escuridão
desenreda-se,
fio por fio, a teia
tecida
por galos,
a
manhã
oculta
no novelo da tarde
é
destecida, fibra por fibra,
desenrola-se,
dissolve-se.
Agora,
pelas
mãos escuras do abismo
deita-se
uma manta negra sobre a pele da cidade
cobrindo
campos, lagos, homens
A
noite - seiva escura -
escorre
devagar e silenciosamente
pelos
nossos olhos insones
pelos galhos
e galos nos poleiros
pronta
ao sacrifício do primeiro raio
da
teia da manhã.
...até transformar-se numa grande teia colorida e sonora. Lindo, Leo!
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