quarta-feira, 9 de abril de 2014

Eros e Psiquê

Canção de amigo




















O que amo em ti não vejo, sinto e choro
o amor é sempre assim: prazer e dor ?
Quisera não amar, fingir o amor
e assim fingindo a dor, fingir o adoro.

E o gozo então seria nau sem mastro
ou mastro nu sem velas; ou mesmo a vela
sem vento; ou imbatível caravela
sem rumo, mar, sem porto, rio ou lago.

Se quero ver-te, quero o que não vejo
aquela chama leve sob a carne
do herói de mil batalhas que invade

a minha cidadela sitiada
deitando ao chão a frágil e vã muralha
que ergo apenas para que ataques.

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