Meu coração é o despertar de ventos
um turbilhão de feras
em conflito
a escuridão cruel
de um precipício
um deus que
estraçalha os seus rebentos.
Meu coração pagão
tem seus momentos
de libações, de
preces, sacrifícios.
Meu coração, que
acalmas com teus beijos,
em tua ausência é
terra devastada
às vezes, quando
voltas, água calma
e quando partes,
vagas, pesadelos.
Meu coração
carrega em si desejos
de ver-te em mim e
em ti a tua amada.
Eu busco ver em ti
o meu semblante
já que o que vejo
em mim é o teu sorriso
tu és o meu
espelho, eu teu Narciso
tu és a virgem
trilha, eu viajante.
Eu busco ver em ti
o meu sorriso
já que
o que vejo em mim é o teu semblante.
Nossa mãe! Que coisa linda! Professor, não é um petrarquiano. É quase shakespeariano. Há um dístico a mais. Como podemos denominá-lo na forma? Sua fã incondicional. Abração.
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