sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sagrado Impromptu













Creia, sem desespero, e desapegue-se...
Na escuridão há luzes, mesmo que não veja
Há calor no mais gélido dos caminhos
Mesmo que não lhe aqueça
Saiba, nem tudo que aparece sob o céu
se pode apreender com o mero olhar
o olfato nunca alcança a natureza do perfume
e suas mãos nunca saberão do sangue que corre sob a pele
ouvido algum escuta o gemido da estrela.
Há mistérios na manhã mais luminosa
E é ali que as verdades se multiplicam.
O verbo não exprime o cheiro do gosto da cor que arde no trovão
No mais, meu amigo, a língua de deus no horizonte
Sob a linha d’agua, lambendo as nossas certezas.

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