sábado, 25 de janeiro de 2014

Eu sem Platero

Por la quadra en silencio, encendiéndose cada vez que pasaba por el rayo de sol de la ventanilla, revolaba una bella mariposa de tres colores...
                  La muerte, Platero y yo, Juan Ramón Jiménez



A pele dessa manhã
transpira a névoa de antigos orvalhos
e a luz se abre em sonho e em bruma...
Oh, Brahma!

eis que um novo dia repousa
como pluma de pavão caindo leve sobre a terra úmida
na face fresca desse instante único...
Ah, Brahma!

evola-se o espírito de um deus noturno
que persiste, ínfimo, no perfume do capim molhado –
a franja verde que emoldura a face de outro deus, o sol
com seu visgo quente penetra a carne do mundo
se apossa da manhã
e uma mariposa tricolor saltita no ar quente
abençoando a minha solidão contemplativa.


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