Paulo Klee, The Goldfish (1925)
Era tua a mão que me colhia quando flor,
abrindo
as pétalas para o sol, me via
Ah,
meu finado amor!
Tua a
mão que me acolhia quando em dor
me
abria em prantos para a amara via
Ah,
meu finado amor!
Teus
os olhos que apontavam as caves
na
noite escura quando não se via
nada
além das sombras que me perseguiam
Ah,
meu finado amor!
Teu o
braço forte que me protegia.
Era
tua a língua que eu tanto sorvia
que me
alimentava, que me consumia
Ah,
meu finado amor!
Teu o
peito arfante que se apresentava
para
meu repouso e onde me aquecia.
Ah,
meu finado amor!
Era
tudo teu como só teu me via
e hoje
nada disso mais tem serventia,
pois
são tuas as mãos que me fecharam a porta
quando
eu mais te amava e mais te queria
Sensacional!
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